quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Preço do M2 dobra em seis anos

O preço do metro quadrado em São Paulo dobrou nos últimos seis anos. o que mostra a comparação feita pelo DI RIO da pesquisa mensal sobre valores de imóveis que o Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) realiza na cidade.
Para o presidente da instituição' José Augusto Viana Neto, o aumento do valor representa o maior poder de compra da população. Por isso, está mais caro comprar e alugar imóveis usados. Diversos fatores influenciam o aumento (ou a redução) de preços, como a proximidade de uma estação de metrô.
Na pesquisa mensal do Creci, os bairros são divididos em cinco zonas, sendo que a Zona A concentra os mais caros (Jardim Paulista e Campo Belo, por exemplo) e a Zona E, os mais baratos (Ermelino Matarazzo e ltaim Paulista, entre outros).
Em novembro de 2009, um apartamento de padrão médio (em prédios que têm de duas a quatro unidades por andar e armários modulados, por exemplo) com oito a 15 anos de uso
em um bairro da Zona C (Jabaquara, Santa Cecilia, Ipiranga, Horto Florestal e Tatuapé, entre outros) tinha metro quadrado avaliado em R$ 2.744,05. Em novembro de 2003, o m2 de um imóvel nas mesmas condições era avaliado em R$ 1.325,20.

A mesma comparação mostra que em novembro de 2003, aproximadamente 21,5% dos imóveis vendidos na cidade custava de R$ 41 mil a R$ 60 mil.

Os imóveis com valor superior a R$ 200 mil representavam cerca de 13,5% das vendas. Em 2009, a maior parte dos imóveis vendidos na capital paulista custava mais R$ 200 mil.
A valorização não vale só para venda. Em novembro de 2003, alugar um apartamento de dois dormitórios em um bairro na Zona E custava R$ 349,17, em média. O aluguel de um imóvel nas mesmas condições, na mesma região, valia R$ 608,33 seis anos depois.
Viana afirma, porém, que a valorização não é resultado da especulação imobiliária, como aconteceu em 2008 nos Estados Unidos. "Nosso mercado é sólido e tem mais credibilidade. E os preços não estão sobrevalorizados, porque também avaliamos os descontos praticados. Os abatimentos mostram que, se o dono pede um valor muito alto pelo imóvel, o mercado ajusta esse preço'; afirma.
De acordo com a gerente geral de locação e vendas da Lello Imóveis, Roseli Hernandes, a valorização também é grande entre apartamentos de um ou dois dormitórios, que têm alta procura. O tamanho, contudo, não é o único fator de valorização, segundo Roseli. Ela afirma que a proximidade de estações de metrô também elevam os preços.
"Só de ouvir falar, o preço sobe. A Vila Prudente (na Zona Leste) está sofrendo valorização desde que foi anunciada uma estação naquela região': afirma.

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